Retrabalho na pista de caminhada da Estrada dos Alvarengas levanta questionamentos sobre uso do dinheiro público em São Bernardo

Uma situação inusitada está chamando atenção em São Bernardo do Campo: a pista de caminhada da Estrada dos Alvarengas, recentemente pintada de vermelho, está passando por uma nova pintura — desta vez, na cor laranja — menos de 15 dias após o serviço ter sido concluído. A mudança repentina, sem qualquer justificativa clara, está gerando revolta entre moradores e representantes públicos.
A principal crítica gira em torno do desperdício de recursos públicos, já que o retrabalho implica em pagamento duplo para um serviço que poderia ter sido planejado e executado corretamente da primeira vez. A cidade, que atualmente ocupa o segundo lugar no ranking das mais endividadas do país, segundo dados recentes, enfrenta sérias dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior. Mesmo assim, episódios como esse indicam uma possível falta de organização e planejamento por parte da atual administração.
“E essa presepada aqui? Em menos de 15 dias já estão pintando de novo o que acabou de ser pintado. São Bernardo já é a segunda cidade mais endividada do país e mesmo assim ainda temos que ver esse retrabalho, que também significa que foi pago duas vezes”, destacou um vereador da cidade, que já protocolou um requerimento de informação para apurar os custos da nova pintura.
O parlamentar afirma que seguirá acompanhando o caso de perto. “Já entrei com requerimento questionando esse retrabalho e o valor que está sendo gasto aqui. Vou continuar essa fiscalização porque dinheiro público não é brincadeira”, completou.
A falta de explicações por parte da Prefeitura na Estrada dos Alvarengas tem levantado suspeitas sobre a real necessidade da nova pintura e reforçado a importância da transparência na gestão dos recursos municipais. Moradores também têm se manifestado nas redes sociais, cobrando mais responsabilidade com os investimentos feitos na cidade.
Enquanto não há resposta oficial sobre os motivos da troca de cores da pista, o caso reacende o debate sobre a eficiência da administração pública em tempos de crise fiscal e a necessidade de uma fiscalização constante sobre obras e serviços executados com verba pública.