Balada gay ao ar livre em parque de São Bernardo gera debate: até onde vai o preconceito e o bom senso?

No próximo domingo (27), o Parque da Juventude Città di Maróstica, em São Bernardo do Campo, será palco de um evento inédito e inclusivo: o 1º Festival de DJs LGBTQIAPN+, que promete transformar o espaço público em um verdadeiro encontro de música, arte e resistência. Com entrada gratuita e programação das 11h às 21h, o evento foi anunciado como uma celebração à diversidade — mas, infelizmente, já enfrenta preconceito nas redes sociais.
A iniciativa, promovida pelo Macaxeira Cultural com apoio da Lei Aldir Blanc, reúne DJs de diferentes estilos musicais, como pop, eletrônico e afrobeat, com nomes confirmados como Jnz Gentile, Nas Nuvens, Renata Corr, Luana Coelho, Cacauzey e Tayan. Além da música, o festival traz oficinas de produção cultural e design, karaokê, performances circenses com Fábio Venturini e uma roda de conversa sobre empregabilidade e direitos LGBTQIAPN+, com participação de ativistas e especialistas da área. A apresentação ficará por conta da mestre de cerimônias Karen Marquetty.
O objetivo central do evento é valorizar a comunidade LGBTQIAPN+, ocupando espaços públicos com arte, informação e acolhimento. No entanto, desde seu anúncio, o festival tem gerado comentários polêmicos online, com questionamentos sobre “o tipo de público” e “local apropriado” para esse tipo de atividade.
A grande questão que se levanta é: se fosse um festival no parque com DJs heterossexuais, haveria a mesma reação? Por que festejar ao ar livre só é considerado “polêmico” quando envolve expressões da comunidade LGBTQIAPN+?
Eventos como esse escancaram o quanto preconceitos ainda persistem e como a presença LGBTQIAPN+ em espaços públicos segue sendo contestada, mesmo quando a proposta é pacífica, artística e educativa. Clique aqui para ver a postagem no Instagram e dê sua opinião.
O festival convida não só para dançar, mas também para refletir: até onde vai o bom senso… e onde começa a intolerância?